quinta-feira, 12 de abril de 2012

PÁSCOA: VIDA PLENA NO RESSUSCITADO



O domingo da Ressurreição é por excelência o cume da nossa fé, pois nesse dia celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, portanto, o último inimigo a ser vencido. “Vencendo a corrupção do pecado, realizou uma nova criação. E, destruindo a morte, garantiu-nos a vida em plenitude” (cf. prefácio da Páscoa).
            A terminologia Páscoa, em hebraico, péssach, significa passagem. Assim sendo, ao celebrarmos a Páscoa, celebramos a passagem para uma vida nova. Deus, que na sua infinita misericórdia enviou-nos seu Filho unigênito, a fim de que a salvação entrasse neste mundo. “Pois Deus não enviou o Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele” (cf. João 3, 17).
            A liturgia da nossa Igreja prolonga a alegria da Ressurreição de Cristo por oito dias, os quais constituem a oitava da Páscoa. Nestes, somos exortados a refletir a respeito da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo; grande mistério da nossa fé.
Ademais, o Tempo pascal se estende até o domingo de Pentecostes. São cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos. Estes, são marcados pela alegria e pela exultação, “Cristo ressuscitou, aleluia, aleluia!”; certamente uma grande festa em torno de um grande mistério, um extenso domingo, por assim dizer.
            No decurso desses cinquenta dias, os textos bíblicos elucidam a experiência de fé das primeiras comunidades cristãs, bem como a dos apóstolos. Com isso, percebemos a importância de assumir, de fato, nosso batismo, visto que somos convidados a dar continuidade ao projeto de vida plena, inaugurado por Deus na pessoa de Cristo. Desse modo, à medida que assumimos verdadeiramente a missão de sermos, à luz da Palavra, promotores do Reino, assumimos também a postura de autênticos discípulos. “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos [...]” (cf. Mt 28,19).    
            Que a espiritualidade desse Tempo pascal nos ajude a estar próximos cada vez mais de uma vivência alicerçada em uma profunda e verdadeira intimidade com Jesus Ressuscitado; e que no domingo de Pentencostes experimentemos a graça de perceber a manifestação de Deus em favor da humanidade. “Para levar a plenitude dos mistérios pascais, derramastes, hoje, o Espírito Santo prometido, em favor de vossos filhos e filhas” (cf. prefácio de Pentecostes).


Sem. Fernando Antonio Souza

Um comentário:

  1. Querido Fernando,
    Sábias palavras. Deus te abençoe sempre e o Espírito Santo te ilumine em sua caminhada.
    Um abraço fraterno.

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