Hoje, entrando em nosso coração, o Senhor faz a mesma proposta. E felizes são aqueles que acolhem o convite do mestre e se colocam à sua disposição.
Assim são os nossos catequistas. Homens e mulheres que depois de ouvirem o apelo de Jesus, entregam-se despojadamente nas mãos do Dono da Vinha. Mas não para uma missão qualquer, mas para fazer com que no coração duro da humanidade, cheio de pedras, às vezes investado de espinhos, se abra para acolher a boa semente do Reino de Deus.
E se naquele tempo os apóstolos enfrentavam as dificuldades de um povo que não enxergava a realeza de um Deus pobre e morto na cruz, mas ressuscitado ao terceiro dia, hoje a tarefa dos apóstolos-catequistas é justamente clarear as vistas da multidão para perceberem que o Deus de Jesus Cristo não está nas drogas, no consumismo, no tanto faz, no comodismo da minha casa, mas no necessitado que pede o pão, no enfermo que morre sozinho nos hospitais, nos presidiários que não conseguem se ressocializar, nas crianças vítimas do aborto, da exploração e da irresponsabilidade de pais que acreditam que deixando a criança crescer, ela mesma depois poderá escolher qual o caminho seguir; se fosse assim, Deus não nos daria pais e já nasceríamos adultos, capazes de fazermos escolhas, não é mesmo?
Os nossos catequistas hoje anunciam que Jesus está, sobretudo na Igreja, nas espécies consagradas de pão e vinho, que muitos há tempo deixaram de adorar. Essa é a missão dos catequistas de hoje: como Maria, apontar onde Jesus está. Ser uma seta que indica o caminho certo a seguir. E se Paulo convencia pela eloqüência das suas falas, os homens e as mulheres de hoje necessitam, sobretudo de testemunho. De exemplos de vida.
Catequistas, a missão que vocês receberam e que acolheram com um sincero sim, não tem um dia para terminar, senão aquele mesmo no qual vocês contemplarão a face de Jesus. E digo porque: todo trabalhador, no dia em que se aposenta, tem o direito de não exercer mais a função que desempenhara antes. E ninguém o pode cobrar por isso. Mas como o teu trabalho, catequista, coincide com a tua vida, enquanto você viver, as pessoas olharam para você como uma luz que indica Jesus, o sol da nossa vida. E se algum dia se perderam na vida, lembrarão de você, alias, daquele para o qual você apontou.
Uma vez catequista, você sempre será catequista. Porque catequizar não é somente preparar um encontro para um grupo; é fazer da própria vida um meio de conduzir outros a Cristo, nosso senhor.
Assim, neste mês que comemoramos a sua doação, dizemos: parabéns e conte conosco. Conte sobretudo com Deus, porque aquele que te chamou, te acompanha e acompanhará em todos os teus caminhos, principalmente quando a tua cruz pesar. E lembre-se: não é preciso fazer grandes coisas para o próximo, é a quantidade de amor que colocamos naquilo que fazemos que torna agradável aos olhos de Deus a nossa oferenda.
Obrigado e Parabéns.
Gudialace Silva de Oliveira
Por ocasião da comemoração do dia dos catequistas
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